12/10/2009

Single

Uma nostalgia me embala, chega a ser palpável. Sinto a insignificância de toda uma vida, porém a sinto tão grande que revela todo um significado. Sinto falta de amores irreais, sinto falta do medo e sinto falta das lágrimas. A solidão pode ser confundida com a liberdade e até mesmo com o prazer mais sacana e desejado por todos aqueles amantes fiéis.
A falta de alguém para se espelhar, nos trás uma responsabilidade muitas vezes escondida dentro dos prazeres, agora vazios, que embalam noites frias. Mas hoje a noite está agradável. Quando acordei não sentia mais a culpa e a vergonha da noite passada... aventuras boemias.
Não! Não direi que tento preencher esse vazio, assumo minhas falhas e reconheço meu pesar. Me delicio com a consciência exata dos fatos. Tenho, sozinha, o total controle da situação... não preciso controlá-lo!
Controlo, pela primeira vez meu coração! Não meus atos... Ainda não tive a oportunidade de dizer o sim, não encontrei algo que me tirasse a razão. Luto contra ninguém para poder ficar mais um tempo envolta por essa atmosfera de liberdade. Perco o controle sobre meus vícios! Estou deliciosamente perdida, encantadoramente apaixonada, por mim mesma!
Penso em escrever, para cada um dos meus amores. Desisto logo em seguida. Quero o novo, o perfeito, o pior defeito, quero a mim mesma, novamente!

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