10/11/2009

Deserto



Como se caminhasse na neve, sente o frio aos seus pés, o vento gelado em seu rosto e nada ao redor. Concentra-se no horizonte buscando novas idéias, mas só consegue ouvir a própria voz repetindo as antigas.
Tudo lhe parece conveniente! O branco, o preto e o cinza. A solidão é pintada por estas cores tão sem graça, e ao mesmo tempo tão calmas. Cogita a possibilidade de estar perdido no propósito do caminho, não consegue lembrar porque iniciou esta caminhada. Parece tudo tão irrelevante agora.
A paz transforma-se em monotonia. Calcula quantos quilômetros faltam até chegar a próxima cidade. Não deseja voltar, não quer retroceder. Foi uma viagem planejada há muito tempo, ele sabia das dificuldades, resta entendê-las. O caminho do crescimento é sempre mais longo e tortuoso.
Seus pensamentos estão claros o suficiente, deseja então o novo! Sente a velha ânsia pela aventura. Lembra-se agora o porquê de estar ali. Caminha mais rápido a partir de então.

Um comentário:

Paulo disse...

Demorooou, mas valeu esperar, ; D