04/09/2009

Vazio

Os fatos regem sob uma lógica normal de acontecimentos. A vida se transforma em uma máquina, que gira em torno do sofrimento. O medo torna-se real e a solidão parece a opção mais segura. As lembranças de tudo que vivi afloram quando a música diz que não existe mais esperança, quando ele canta que a dor não vai passar e não existem receitas pra te esquecer.
Procuro um novo amor, como se fosse desesperada a intenção de ser amada, mas não disposta amar. Sempre guardando a verdade e fugindo da entrega. Gesticulo frases sem sentido e caminho sem ter uma direção. As cores me mostram que ainda há vida, as pessoas me contam sobre a tal felicidade. Eu, incrédula prefiro dormir sem telefonar, olhar para o teto e pensar apenas em mim mesma e em todas as coisas que tenho deixado de fazer, com a desculpa de tentar entender esse sentimento tão novo, fútil e real que habita em mim.
O céu anda escuro e da janela não posso ver as estrelas, o cigarro é uma constante imutável e irrevogável. As vezes sinto o vento forte e é como se ele me implorasse um novo sorriso, só então vem a paz.
Talvez realmente a grande felicidade da vida não venha das relações humanas, mas para acreditar nisso teria que contestar todas minhas verdades. ‘Crescer dói’... já dizia um grande sábio.

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