07/09/2009

Espera...

Uma longa história contada em poucas palavras. Muito amor traduzido em poucos olhares, únicos, eu diria. Lágrimas e risos solitários. Talvez sejamos apenas o reflexo um do outro traduzido por aquilo que acreditamos ser e que acreditamos que um dia seria. Talvez apenas quiséssemos que o amor fosse um conto de fadas, daqueles que acreditávamos que existia quando tínhamos pouca idade e muita imaginação.
Os anos não foram os mais longos a serem vividos, e sim, os dias, aqueles em que confiávamos um no outro, aqueles em que pensávamos um no outro, brigávamos e por fim aqueles em que estávamos juntos. E a distância... Ah! A distância... nunca passou da sua melhor desculpa e da minha maior aventura, uma aliada. Precisei dela para poder me tornar o que sou hoje e te enxergar como enxergo agora.
Nunca senti a saudade, antes sentia apenas a certeza... esperei com paciência para que tudo se acertasse, mas nós mudamos, crescemos e continuamos acreditar que tudo continuava igual. Pra mim talvez, sempre adepta a teimosia da mudança ou inflexível demais para aceitar que a vida não seria como eu sempre sonhei. Tudo sempre é como eu quero! E no amor, a parte que mais considero importante, não seria diferente.
Chorei, um dia antes de vê-lo. Mas não como choram as crianças, chorei como um homem, prestes a enfrentar seu maior desafio, a um passo do dragão, e eu estava sem a minha espada. Sorri ao lhe ver e essa sim foi à risada de uma criança, pura e sem qualquer vergonha. Sorri porque soube, assim que olhei, que você como eu havia mudado, mas que algumas coisas nunca mudam.
Pedi ao mar que me desse alguma resposta, pedi ao vento e ao sol, mas eles se negaram e me deixaram caminhar sozinha pela areia em um pôr-do-sol frio e nublado. Até as lágrimas se negaram a cair. Fiquei só, assim como os amantes e os poetas, porém jamais poderia me comparar a eles, que tanto fazem em sua solidão.
Hoje, eu não tenho mais a certeza que me acompanhou por toda essa estória, e só por hoje, não vou mendigar as migalhas do seu amor tão simples, que insistes em fazer confuso. Hoje eu ainda tento entender sozinha a vida de nós dois, mas amanhã não mais o farei. Deixarei que você faça a sua parte, que cada um faça pelo outro, assim como são as histórias de amor. Deixarei mais uma vez que sofra e que sorria sozinho, na eterna presença de nós dois!

Um comentário:

Paulo disse...

aaaf Tah.. td vez que leio esse texto eu tenho vontade de te dar um abraço!! = *