17/12/2009

Idéias


A imagem daquele muro ainda ronda minhas idéias. Imagino qual a combinação de circunstâncias que me influíram para que eu estivesse ali, defronte aquele emaranhado de argila e cimento.
Tenho tido pensamentos que surpreendem até meus mais incrédulos amigos, por isso, resolvi deixá-los em segredo. Prefiro a solidão, quando assim posso escolher. Estar só não significa estar solitária! Não quando se tem tantas idéias na cabeça.
Os poucos amigos que me restaram são mais do que suficientes para me elucidar situações cotidianas. Observo-os um a um e concluo pensamentos empíricos. Talvez tenha que concordar com Blaise Pascal, o amor pode mesmo ser cego, em sua ingenuidade, mas a amizade, sem dúvidas, fecha os olhos. Porém tenho amores e amigos e ainda assim posso enxergar.
Vejo muros, vejo flores murchas dentro de um carro, vejo cicatrizes e muito comumente tenho visto a chuva. Apenas paro e observo, mas logo vêm as teorias. Gostaria de ler estórias, me apaixonar por heróis, ser a princesa, no entanto a rosa amarela e hoje murcha, foi dada por um simples amigo. Queria eu, tê-la recebido de um dos meus amores.
Devaneios, devaneios... em uma tarde quente de sol, sentada sozinha apenas por alguns minutos, com olhos cobertos por lágrimas e algumas idéias na cabeça.

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