29/12/2009

Em meio a tantas coisas sem sentidos a busca por um rumo se faz necessária. O vazio não pode mais ser preenchido por prazeres banais, vícios insatisfatórios. Comerciais na televisão mostram produtos indispensáveis ao acaso e as músicas, ao invés de belas, falam sobre a dor, a partida... a traição.
Outro dia li que o mal foi inventado pelo homem, que tudo não deveria passar de expressões perfeitas do todo, não sei se posso acreditar. É difícil crer nisto tudo sozinha, por mais que eu tenha provas quando acredito.
Minha imaginação sempre tende a exigir demais de todos, talvez porque eu faça demais e acabo esquecendo de fazer por mim mesma... então vem o vazio! Quando meus cuidados não são necessários, quando minhas preocupações tornam-se obsessivas ou quando deixo-me levar por vaidades de outrem.
Tenho andado inerte, confusa! Sinto falta de todos os amigos que perdi por causa de um amor. Sinto saudade das risadas sinceras, das trocas de expectativas, de um sábado a noite em casa, deitada, assistindo um filme qualquer, abraçada e reclamando da programação da televisão. Não sinto nem mais a saudade do mar.
Mais uma vez suplico que façam por mim, me tirem desde lugar onde insisti em estar, porém tenho a impressão que todos se foram, cansados em insistir no meu melhor.

2 comentários:

f.mungo disse...

Esse vazio ao que se refere, deve ser o mesmo estranho sentimento que me assola as vezes, uma dor no peito, um olhar distante, a presença da ausência, queria muito ter respostas, mas só me restam as perguntas a gritar nos ouvidos, deve ser o vazio, lembra?

Ronnie disse...

Ui, íntimo demais. Na carne viva, né?