06/01/2010

Calmaria





Sentou-se em frente ao rio, embaixo da sombra de uma árvore e ali quieta, por alguns minutos pode pensar. È estranho como tudo parece caminhar sem descanso, a vida não pára para que você se recupere dos tombos, ou das tragédias, talvez isso que a faça continuar.
Tivera uma noite difícil, mas como sempre o sol apareceu trazendo toda perspectiva de dias melhores. Em meio ao caos é difícil refletir sobre as ações, mas é necessário. A esperança e o otimismo, visto pelos humanistas como pueril, é a força que a instiga ser melhor.
Tantas lágrimas são necessárias para que ela possa enxergar que não é feliz. Gostaria de ser mais forte, determinada, quem sabe até, menos ingênua. Nem todas as pessoas são boas, nem todo mundo faz o seu melhor. Mas sempre escuta, aquela voz longe que diz que nada é por acaso, e que ela nunca deve desistir de tentar e de acreditar.
Esta manhã ela não estava triste, estava calma. Seu coração aquietou e não foi preciso nenhuma decisão drástica ou conversa exaustiva, apenas aconteceu dentro dela.
Lembra-se de ter sonhado com uma menina que lhe dava um beijo no rosto. Um beijo de paz, uma certa libertação. Respirava fundo agora, o cheiro daquela manhã era agradável e quando levantou-se para caminhar pode sentir a liberdade, trazida pelo vento e todo o amor que ainda continuava em seu coração.

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