Às vezes seus sonhos não se parecem nada com sonhos e sim, delírios. Uma subseqüência frenética dos pensamentos mais furtivos antes de adormecer...
Ah! Como gostaria, ao menos uma vez, descansar sua cabeça, aquietar suas idéias e entregar-se ao sono.
A ansiedade destes momentos nada pode causar se não, algumas noites mal dormidas e dias de completa inércia.
Ele consciente de que pouco poderia fazer ali, tenta persuadir-se com esta nova e inventiva idéia. Debalde!
Em meio a estas alucinações continuadas sem coerência, escuta o que diz seu coração, mas não sua razão. Representações subconscientes.
E como estes sentimentos têm sido inúteis enquanto seus olhos se mantêm despertos... Nada revelam ou se quer ocasionam.
E como estes sentimentos têm sido inúteis enquanto seus olhos se mantêm despertos... Nada revelam ou se quer ocasionam.
Nota que é dia unicamente pelo descuido da janela aberta. É quando um raio de sol sem nenhum encanto lhe acende a face, mas não a anima. E logo procedem aos novos pensamentos.
Gostaria de sentir seu corpo, distrair-se com o suor do esforço, da invenção, da criação, contudo notava sua presença material naquele cômodo somente por uma contração qualquer que sentia ao tentar colocá-lo em pé.
Procura então entreter-se de suas próprias idéias com idéias de outrem.
(Não se importa com as horas).
E não seria surpresa que seus ‘amigos’ também tenham ficado reclusos nesses dias de chuva. E não raro, que talvez essas mentes estejam mais convulsas ainda em busca de respostas que não levarão seus corpos a lugar algum. O ambiente insistia em tragá-lo cada vez mais para dentro de si mesmo.
(Não se importa com as horas).
E não seria surpresa que seus ‘amigos’ também tenham ficado reclusos nesses dias de chuva. E não raro, que talvez essas mentes estejam mais convulsas ainda em busca de respostas que não levarão seus corpos a lugar algum. O ambiente insistia em tragá-lo cada vez mais para dentro de si mesmo.
“Eu queria ser bem maior, sabe?!”
Após tropeçar nos objetos que estavam jogados há meses e colocar uma camisa qualquer conseguiu abrir a porta. Comprou mais cigarros do que de costume, não terá que abri-la amanhã, quando sentir em seu corpo a abstinência de uma substancia nociva.
Caminha e por segundos, esquece de si mesmo. Logo ouve uma canção surpreendentemente coincidente com o que estava tentando tirar de sua mente. Os muros vizinhos também insistiam em tragá-lo...
“Eu vejo um horizonte trêmulo
Eu tenho os olhos úmidos
Eu posso estar completamente enganado
Eu posso estar correndo pro lado errado”
Eu tenho os olhos úmidos
Eu posso estar completamente enganado
Eu posso estar correndo pro lado errado”
Volta sob os olhares dos curiosos com descaso pela sua má aparência, fitando apenas o caminho para não ferir novamente o corpo.
Regressa ao seu reduto pela última vez e aceita que todo o conjunto de idéias venha à tona, para então delirar e saber que ao menos, ainda, tem um coração.
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